O tempo anda cinzento,
muitas pessoas estão frias,
Multidões famintas continuam
e obrigadas a viver na escuridão.
Nada disso desanima a caminhada,
Seguem os passos
em busca de um mundo melhor,
mais fraterno e mais justo.
Sozinho não adianta muito,
precisamos nos dar as mãos,
fortalecer os abraços
E animar o sonho.
Tudo é possível,
Precisamos estar juntos
nenhum plantio e na colheita.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
2010 - A caminhada continua
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
A Rosa de Gaza
domingo, 22 de novembro de 2009
Tombadilhos, periferias e favelas
Navios negreiros não existem mais.
Em seu lugar, as periferias e favelas.
Chicote e açoites também não.
Em seu lugar, balas achadas e perdidas.
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas vermelhas o brilho,
em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
magras crianças, cujas bocas pretas
rega o sangue das mães:
Outras moças... mas nuas, espantadas,
no turbilhão de espectros arrastadas,
em ânsia e mágoa vãs.
E ri-se a orquestra, irônica, estridente...
E da roda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja... se no chão resvala,
ouvem-se gritos... e o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
a multidão faminta cambaleia,
e chora e dança ali.
Castro Alves, O Navio Negreiro.
De Gerivaldo Neiva
http://gerivaldoneiva.blogspot.com/2009/11/tombadilhos-periferias-e-favelas.html
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Nordeste Brasileiro
A seca revela fome,
A fome revela dor,
A dor revela angústia
E os coronéis da política
se fartam em mais um banquete palaciano.
Delírios Concretos
O vício e o mundo
O mundo é o vício.
Bares, tavernas,
cavernas, bibocas.
Risadas, loucuras,
bebidas e fumaças.
O vício, o mundo
O mundo, o vício.
Um bêbado, um gole.
Um trago, viagens.
Delírios, um louco.
Mulheres, cigarros.
Um bar, o mundo
fumaças, loucuras.
O vício é o mundo.
Bar Barroca, Rua Direita,
AINDA A CANÇÃO DOS GALOS
Adriano Espíndola
O galo cantou minha dor.
Canta galo com alegria
me devolva a fantasia
que envolvia os meus sonhos.
Cantem galos, agonias
pra bem longe eu as quero
do cerrado castigado
que tomou meu coração.
E eu amante apaixonado,
Canto por ti os meus versos,
Coisas simples e singelas
Retratos de meu amor.
Tarde de 24/01/2005
para Rita
GALO DA MADRUGADA
Infeliz sem sua presença
Da minha face, feito chuva
Vejo as lágrimas caírem.
Isso é assim,
Cúpido anjo,
pois forte é meu sofrimento
e amarga é a saudade.
Lágrimas de tristeza,
que apesar da teimosia,
naturalmente vão parar.
Mas amada, se não voltares
cedo ou tarde, essas lágrimas,
feito chuvas de verão,
voltam a inundar meu peito.
Nesta madrugada o galo cantou minha dor.
ABISMO SOLIDÃO
Para Rita de Cássia,
da saudade,
intransponível por
sua ausência,
inconformado com
deus-amor,
o Cúpido,
poeta abandonado,
eu grito:
Sen ti,
Minha Vida,
perdi os sentidos!
Queda livre,
mais
triste precipício.
A esperança do seu amor me mantém vivo!
26/01/2005
ALMA ARMADA
um mundo livre
da exploração do homem pelo homem.
Comunista,
enfrentando as diversidades
de cada dia,
Luto para fazer realidade
minhas utopias,
que não são fantasias.
Mundo novo,
sem exploradores,
sem explorados.
E o partido?
Minha alma,
minha arma.
20.10.2005
A “GAZELA” E O COBRADOR (ou Cenas Urbanas)
Depois de rasgar o verbo,
num espetáculo digno de Dante,
quase um dramalhão mexicano,
(pensei que assistíamos ao Ratinho),
silenciou-se a Gazela,
rasgando com os olhos
a face bela e cínica,
de galanteador barato,
de seu Amor, o trocador.
E nós, passageiros estupefatos
não sabíamos se ficávamos calados,
ou se em coro,
gritávamos:
Viva, BIS, BIS, BIS.
13/02/2000
domingo, 8 de novembro de 2009
POEMA DA INSANIDADE DA VIDA MODERNA
dirijo.
Na minha insana pressa
prossigo.
Mas não demora,
pressinto
(a cento e cinqüenta
nada demora)
não estou mais sozinho.
No banco do passageiro,
satisfeita,
me olhando sorrateira,
vai sentada a velha morte.
Poema concebido a 150km por hora,
Numa estrada das Gerais,
Atrasado para uma audiência.
(Bom que sobrevivi para coloca-lo no papel,
sorte)
Tesouro
No fundo de um coração adolescente,
se esconde uma vírgula apaixonada.
08/10/2000
UM SOM
um amor que se foi,
tristeza vertida,
tô punk feito blues.
20/09/2004
PROFISSÃO DE FÉ
Com fé no futuro comunista
da humanidade,
Reza sem fé o poeta marxista,
na estrada nua da luta de classes.
30.08.2009
PRESERVA (TIVO)
Nada mais do que isso
Sinto muito baby,
Mas é tudo que terás de mim.
07/02/2005
Poesias diversas
Os poemas abaixo e as postagens anteriores, já haviam sido publicados no Blog Defesa do Trabalhador.
Nas próximas postagens, prometo poemas menos panfletários e inéditos.
Adriano Espíndola Cavalheiro
Rubro de vergonha, o sol se oculta no Ocidente.
Adriano Espíndola Cavalheiro
Bombas caem na Palestina,
do alto da arrogância sionista.
Crianças despedaçadas,
pais desesperados,
mães inconsoláveis!
Capitalistas em crise
em todo o mundo,
transferem para o trabalhador
o custo de sua incompetência:
demissões em massa,
miséria em toda a parte.
Meu colorado,
Uberaba Sport Club,
alegria para povo sofrido,
invade minha poesia:
arrancando um empate da
raposa cruzeirense.
RESISTIREMOS?
Para meu amigo Athur.
Três palavras procurei,
Depois que topei,
um amigo distante,
Fácil culpar outros,
amor sinto tanta mágoa,
Mas como começar de novo,
Não tenho mais vinte e nove,
pois o tempo, esse sim passou.
o amanhã
E as quatro palavras,
(que deveriam ser três),
=-=-=-=-=
Um grande deserto tórrido,
com oásis formados por alguns canaviais,
regados pela transposição do Rio Grande,
que agoniza quase sem água,
lembrando a sina do extinto Chico.
Sofrem os pobres
com fome e sede,
Os zebuzeiros de outrotra,
convertidos em Usineiros,
respeitados agrobusines,
agradecem!
-=-=-=-=-=-=-=-=-=--=
À essas pedras devidamentes endereçadas
à essa soberania arracanda
Minhas desculpas, por nao estar aí
sofrendo na pele
esse fogo
essa bala eternamente perfurante
desses canhões de suprema ignorância
por não ter a coragem
de ir aí simplesmente lutar
isso me mata...
ESCRITO POR JULIO ANSELMO
http://tedioequietude.blogspot.com/
=-=-=-=-=-
Queria escrever uns versos
de amor,
falar de alegria, de sorrisos
e de noites estreladas.
Celebrar a vida, as conquistas
e o meu romance,
com Rita,
minha doce amada.
Mas a crueldade sionista
dos nazistas de Israel,
chega a desanimar-me
da espécie humana.
massacres promovidos por Israel, na Faixa de Gaza.
nos céus da Palestina,
cruzam bombas e morteiros
genocídas de Israel.
Centenas de novos mortos,
gente do povo, crianças.
Vidas perdidas.
Armas de destruição em massa.
sonhos desfragmentados,
despedaçados.
Faz, em Gaza, ó sionismo,
o mesmo que fizeram aos judeus,
no Gueto de Varsóvia,
nos campos de Auschwitz..
Adriano Espíndola, Janeiro 2009
=-=-=-=-
ferido de morte, clama por justiça.
Clamor que resulta inútil,
frente a indiferença das arrogantes
potências imperiais.
Outro dia finda na faixa:
Armas de destruição em massa
destroem minha Gaza,
explodem crianças,
arrasam com sonhos.
Sionismo maldito e covarde.
teu fim está próximo.
O sangue que derramas,
é o combustível de minha ira!
POEMA ATEU OU VERDADE DIVINA
templos e fazem altares.
Empregam padres,
guias e pastores,
toda uma gama de gente
que tem na fé a profissão....
Ah, se a humanidade soubesse
que Deus está dentro dela e
como qualquer outra divindade,
precisa do homem para existir.
Ainda que os de cima
digam que a vida seria obscura.
me arrisco a dizer que a raça humana
seria plena e feliz.
Palestina, Palestina II*
Sob a sombra da indiferença
da burguesia ocidental,
com seus governos e suas mídias,
a arrogância sionista,
com sua bélica brutalidade
faz sangrar-te, ó Palestina.
Mas, em meu coração dolorido,
ainda vive a esperança,
de uma Palestina livre, laica e democrática:
judeus, árabes, cristãos, muçulmanos,
sem sionismo,
sem fundamentalismo.
Meu desejo de vingança?
Não confunda, caro amigo,
é um grito em desespero,
pedras contra o racismo
contra a intolerância.
Meu clamor por Justiça!
27 deOutubro de 2009
*Inspirado em Palestina, Palestina de GEORGES BOURDOUKAN
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/2009/10/palestina-palestina.html