Perguntaram-me hoje se sou louco, aqui nesta rede social. Na verdade não foi uma pergunta, mas sim uma provocação, afinal seria muita estupidez de minha interlocutora, achar que um louco teria noção do seu estado de loucura. Sequer "O Alienista" e sua Casa Verde, de Machado de Assis, essa infeliz deve ter lido.
Mas, eis a minha resposta a ela:
"Não, eu não sou louco. Ao contrário, estou em pleno gozo de minhas faculdades mentais, ou seja, as exercendo plenamente. É isso que me permite ter opinião e, ainda, visão crítica do mundo no qual vivemos. Essa visão crítica e opinião, por sua vez, me permitem buscar intervir na realidade donde vivo, no meio onde moro, onde exerço minha profissão e me relaciono com as pessoas, sempre visando a construção de um mundo socialmente justo, onde a opinião de todos sejam respeitadas e consideradas, um mundo sem opressão e exploração.
Para alguns isso é loucura, Mas não é. Isso me faz gente, me permite ser humano no mais pleno sentido da palavra. Mas se ainda assim acha-me louco, convido-a a ser também louca e ousar a pensar."
Adriano Espíndola Cavalheiro