sábado, 25 de dezembro de 2021

A saudade que não podemos matar é a mais cruel e é dela que padeço.


25 de Dezembro de 2021, dois meses sem meu Pai. Desde o seu perecimento não havia ainda  parado pra valer. Os que me conhecem,  para além do espaço virtual, sabem que eu dedico parte importante da minha vida à advocacia e ao ativismo político. Enfiei a cara no trabalho e militância neste período, como forma de melhor absorver a dor. Com o recesso do Judiciário e a festa natalina, desde daquele fatídico e inesquecível amanhecer, quando recebi a notícia do ocaso mais triste de minha vida  (morte do meu pai), ontem foi o primeiro dia no qual parei de verdade e, mesmo tendo inventando um monte de coisas pra fazer e, com isso, distrair a cabeça, como ele adorava estar conosco nestas datas festivas, sua ausência tem sido uma presença constante e dolorida, assim como se deu durante minhas últimas noites de sono, as quais foram preenchidas de tristes sonhos.

Minha sobrinha, Yasmin Espindola, recém casada,  insistiu em organizar a ceia de Natal. A realizamos, de ontem para hoje, em sua casa, evento que, se dependesse de mim, não se realizaria pois,  com todos os esforços,  não teve jeito: A ausência do meu pai foi a presença mais sentida, envolvendo no mesmo manto de tristeza que me encontro envolto, meu irmão Erick, minha irmã Soraia e minha Mãe, ainda que não tenhamos falado no assunto. Era evidente. 

Se você leu até aqui essas minhas palwvras,  deve ter notado que eu não estou aqui a falar com meu pai, uma vez que, apesar de respeitar a maioria absoluta que pensa diferente,  sei que ele, faz dois meses, passou a ser tão apenas matéria inanimada, "poeira de estrelas" como já escrevi noutra vez. 

Vou ficar com os meus por mais tempo nesse ano de 2022, para preencher ess vazio lacerante..Quem sabe Rita e eu tenhamos mais um filho?

Meu pai amado. Walter Soares Cavalheiro. Sua memória vive em nós.

PS: Escrever sempre ajudou-me a desanuviar o meu íntimo. Por isso, peço desculpas a todos que eventualmente eu possa ter magoado com meu desabafo